quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É realmente possível levar uma vida feliz?

“É BOM estar vivo!” É assim que nos sentimos quando somos felizes. Mas, se formos realísticos, admitiremos que a vida nem sempre é assim. Há problemas. Podem ser tantos e tão graves, que a verdadeira felicidade parece apenas um sonho. Será que precisa ser assim?
2 Sabemos que uma vida feliz é produzida por diversos elementos. Para usufruirmos a vida, temos de ter bastante para comer e roupa adequada. Precisamos dum lar que nos forneça proteção e descanso. Mas, estas são apenas as coisas básicas. Companheirismo agradável e boa saúde também são importantes.
3 No entanto, mesmo os que usufruem certa medida dessas coisas ainda assim podem estar longe da verdadeira felicidade. O tipo de trabalho que fazem ou as condições em que têm de trabalhar podem privá-los do contentamento. Também, em muitas famílias, há conflito entre marido e mulher, ou entre pais e filhos. Tampouco podemos desconsiderar que todos nós enfrentamos a possibilidade duma doença ou duma morte repentina. Acha ser possível lidar com estes e outros problemas dum modo que possamos obter verdadeira satisfação? Há motivos para crer que sim. Contudo, para que alguém possa usufruir uma vida feliz, terá de ter primeiro algo que nem todos têm — um motivo para viver.
4 Sua vida precisa ter sentido, se quiser ser realmente feliz. O Professor S. M. Jourard escreve no seu livro O Eu Transparente (em inglês):
“A pessoa vive enquanto sente que sua vida tem significado e valor, e enquanto tem um motivo para viver . . . Assim que o significado, o valor e a esperança desaparecem da experiência da pessoa, ela começa a deixar de viver; começa a morrer.”
Isto está sendo agora reconhecido até mesmo na indústria. Um relatório canadense sobre o absenteísmo no trabalho fez o seguinte comentário:
“As pessoas procuram um sentido na sua vida e não se satisfazem mais com serem dentes de engrenagem dispensáveis, sem face, na máquina da sociedade.” — Atlas World Press Review.
5 Isto ajuda a explicar por que tantos ricos realmente não se sentem satisfeitos. Ora, é verdade que comem, dormem, têm família, e usufruem alguns dos prazeres e dos confortos da vida. Talvez sintam, porém, que a mesma coisa se poderia dizer a respeito de muitos animais. Deve haver mais envolvido na vida.
6 A resposta tampouco está apenas numa vida mais longa. Muitos idosos sabem de experiência que uma vida longa sem a sensação de ter realizado algo ou de ser necessário é cansativa. Já viu isso?
7 A falta dum motivo enobrecedor para a vida não se limita a pessoas de idade já avançada. Uma pesquisa realizada pela Universidade Daito Bunka, do Japão, revelou que, dentre 1.500 estudantes do segundo grau, 50 por cento das moças e 34 por cento dos rapazes já pensaram em suicidar-se. Por quê? Entre os motivos apresentados, o primeiro foi “a falta de sentido da vida”. E será que é muito diferente na Europa, nas Américas e na África? O aumento mundial dos suicídios mostra que são cada vez mais as pessoas infelizes que desistiram da vida.
8 Pode ser que nós mesmos não nos sintamos tão desesperados. Talvez achemos que podemos ter alguma felicidade, apesar de nossos problemas. Ainda assim, não podemos deixar de perguntar: Será que a vida tem realmente sentido? Como posso eu ser sempre feliz?
9 Há séculos, certo Rei examinou muitos dos empenhos na vida: constituir família, obter riquezas, melhorar de instrução, usufruir boa comida e construir edifícios impressionantes. Essas coisas podem parecer agradáveis. Ele verificou, porém, que isso também pode causar muito vexame. Perguntou:
“O que é que o homem vem a ter de todo o seu trabalho árduo e do esforço de seu coração com que trabalha arduamente debaixo do sol? Porque todos os seus dias sua ocupação significa dores e vexame, também durante a noite seu coração simplesmente não se deita. Também isto é mera vaidade.”
10 A vaidade disso foi salientada mais adiante, quando ele descreveu o que aguarda a pessoa depois de relativamente poucos anos de vida: visão fraca, pernas e braços debilitados, dentes estragados ou faltantes, sono perturbado e finalmente a morte.
11 Portanto, mesmo quando achamos que se pode encontrar felicidade na vida, surgem também perguntas intrigantes, que envolvem a todos nós. E isso especialmente agora. Por quê? Pois bem, o editor Vermont Royster comentou que, em pouco mais de 50 anos, os homens ampliaram grandemente seu conhecimento e sua capacidade técnica, mas, então ele acrescentou:
“Aqui há algo curioso. Na contemplação do próprio homem, de seus dilemas, de seu lugar no universo, avançamos muito pouco desde o começo do tempo. Ainda temos perguntas sobre quem somos, por que existimos e aonde vamos.” — Science Digest.
12 Naturalmente, pode-se simplesmente tentar não fazer caso de tais perguntas e ‘gozar a vida’. Há muito a favor de se ter prazer na vida, apesar de seus problemas. Mas não é realístico levar uma vida de ilusões. Nossa vida teria verdadeiro significado e a base para a felicidade se pudéssemos começar a entender “quem somos, por que existimos e aonde vamos”. Podemos conseguir isso?
13 Pensadores ponderados amiúde chegaram à conclusão de que a resposta depende da pergunta fundamental: ‘Deus existe?’ Se Deus existe, então é lógico que ele sabe donde viemos, por que existimos e aonde vamos. Ele sabe também por que existe o mal, se este vai acabar, e, neste caso, como. E ele sabe o que podemos fazer para tornar nossa vida mais feliz e mais significativa. Então: ‘Deus existe?’